O presidente da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, deputado Gustavo Victorino (Republicanos), durante o período dos Assuntos Gerais da reunião ordinária realizada na manhã desta quarta-feira (24), manifestou seu descontentamento com a conduta constrangedora da base governista que retirou o quórum para o prosseguimento da Ordem do Dia da Sessão Plenária de ontem (23), impedindo a votação do PL 154 2023, de sua autoria, que dispõe sobre sanções administrativas e restrições aplicadas a ocupantes e invasores de propriedades rurais e urbanas.
Conforme o parlamentar, é muito triste ver que, às vezes, a política se sobrepõe ao bom senso e, principalmente, à postura ética. "Você ser contra ou a favor de um projeto faz parte da democracia, mas o que se viu ontem foi de um maniqueísmo constrangedor e que demonstrou o que tenho dito faz um bom tempo: o governo do estado se aproxima, cada vez mais, da extrema esquerda e mostra incompetência na gestão, a partir de decisões que vêm sendo tomadas", desabafou.
Para Gustavo Victorino, a ação fez com que a população do Rio Grande do Sul tivesse suprimido o conhecimento sobre as posições sobre o tema abordado pela proposição. "Não gosto quando um governo não trabalha e não deixa trabalhar", observou. Ele citou o exemplo da postura da base do governo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia. "A base do Governo está impedindo, sistematicamente, o Plenário de discutir temas relevantes", registrou.
O presidente do Colegiado afirmou que ontem viu uma conduta da base do governo de extrema falta de ética. "Manifesto meu constrangimento, porque o governo, além de não trabalhar, não deixa trabalhar. Eu respeito o governador, mas vou repetir a minha opinião: ele como gestor é medíocre e essa mediocridade vem se configurando na postura que ele adota contra essa Casa, não deixando a Assembleia Legislativa trabalhar", condenou.
O parlamentar postulou que o governador do Estado não peça para sua base obstruir o andamento dos projetos no parlamento. "A CCJ se transformou em um funil, que ele domina e impede parlamentares que querem trabalhar vejam seus projetos apreciados. Se tiver que ser derrotado, que assim seja, em plenário, pelo voto, mas por maniqueísmo e manipulação é constrangedor e mostra a face de quem não trabalha e não quer deixar trabalhar", completou.
Fonte: Vicente Romano - Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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